terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

MATEUS 5.13-20

Neste Evangelho, Jesus nos compara com a luz e com o sal. Foi no batismo que nos tornamos luz do mundo e sal da terra. A verdadeira luz nós sabemos que é Cristo; nós somos um reflexo dessa luz. Somos parecidos com aquelas árvores de Natal que usam fibra ótica. Uma só lâmpada embaixo é refletida em dezenas de luzinhas tornando a árvore muito bonita. A luz é Cristo e as luzinhas somos nós.

Deus quer iluminar o mundo, e quer fazer isso através de nós. Que não sejamos lâmpadas queimadas, candeias apagadas ou fraquinhas. “Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro.” Candeeiro é uma espécie de cabide na parede interna da casa, onde, à noite, se pendurava a candeia, cujo pavio, untado com azeite, mantinha a chama acesa. Quanto mais alto estava o candeeiro, melhor iluminava a casa. Temos a missão de ser luz do mundo. Colocamos a nossa luz debaixo da vasilha quando ocultamos a nossa fé e os valores cristãos. Podemos fazer isso com as palavras ou com o nosso comportamento.

As pessoas só são plenamente felizes quando são iluminadas pela verdadeira luz que é Cristo, presente na sua Igreja. Faça uma experiência: Amarre um pano nos olhos e tente caminhar... É horrível! A gente se sente inseguro e tem medo de andar. O mesmo acontece com uma pessoa que anda longe do Caminho, da Verdade e da Vida, que é Cristo.

A Comunidade cristã é como o arco-íris: cada membro dela irradia a luz de Cristo com um matiz diferente. “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus.” Sendo luz do mundo, nós glorificamos a Deus Pai.

“Vós sois o sal da terra.” Assim como o sal dá sabor à comida, a Comunidade cristã traz alegria e vida para o seu bairro. Os cristãos dão gosto de viver, para as pessoas com quem convivem.

“Se o sal se tornar insosso, com que salgaremos?” Se a Comunidade não dá testemunho, aí é o fim, porque o povo não tem outro referencial de caminho, verdade e vida, para seguir. Não tem outro ponto de apoio para avaliar se algo está é certo ou errado.
Seria como se o metro parasse de medir; como que o marceneiro iria fazer? Se a balança parasse de pesar, como que o balconista da mercearia iria fazer?
A Comunidade cristã é a continuadora de Jesus. Ela é a única referência segura deixada por Deus na terra. Referência de verdade, de justiça, de amor, de felicidade e de todos os valores. Portanto, ela é sal para todo o bairro, não só para os cristãos. Mesmo quem não a freqüenta nem pertence a ela, se baseia nela para avaliar a si mesmo e os outros, se estão certos ou errados, se estão ou não no caminho de Deus e da salvação.
Se a própria Comunidade cristã se corrompe, o povo fica triste e perdido, os jovens perdem a alegria e o brilho dos olhos.
“A luz resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam” (Jo 1,
5). Se alguém se torna luz do mundo, com certeza vai sofrer os ataques do mundo pecador. Mas Deus é mais forte que o mundo.

Certa vez, um pastor chegou a uma Comunidade rural para começar uma missão. Enquanto ele montava o som e preparava a capela, um menino de uns seis anos estava sempre perto dele. Então o pastor perguntou: “Como você se chama?” Ele respondeu: “Diabo”. O pastor achou que era brincadeira, mas percebeu que a criança estava falando sério. Então chegou perto dele e disse com carinho: “Meu bem, como que é o seu nome?” “Diabo”, repetiu novamente o garotinho. O pastor não entendeu aquela atitude, mas disfarçou e disse a ele: “Onde você mora?” “No inferno”, respondeu ele. O pastor ficou ainda mais curioso e disse: “Onde fica o inferno?” “Ali”, respondeu o menino apontando para a sua casa. “Vamos lá?” propôs o pastor. “Vamos”, disse o menino e até pulou de alegria. Quando estavam chegando perto da casa, o pastor entendeu tudo. Ele ouviu a mãe gritar: “Onde está aquele diabo daquele menino?” A mãe vivia xingando o pobrezinho de diabo, dizendo que a casa era um inferno e o menino, na sua inocência, pensava que era isso mesmo, apesar de não saber o que significam as palavras diabo e inferno.

Claro que quem age assim não é luz do mundo nem sal da terra! Pelo contrário, está dando um contra testemunho cristão, além de escandalizar as crianças.
Jesus é uma luz forte e bonita. Ele continua até hoje iluminando o mundo. Peçamos à Ele (Jesus) que nos ajude a ser sal da terra e luz do mundo.
Vós sois a luz do mundo.

VENHA

TEATRO: A PAIXÃO DE CRISTO

Personagens:  Narrador; Médico, Pai, Mãe, Filho, Jesus, João, Judas, Maria; 10 Discípulos; Pilatos, Grupo; Herodes, Soldados, Mensageiro,

 Narrador: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu filho unigênito, para que todo o que nele crer, não pereça mas tenha a vida eterna”. Jo 3.16 Um versículo Bíblico lindo, suave para ouvir, mas difícil de ser compreendido na vida real.

Nesta noite vamos tentar viver e sentir na vida prática, o que Jesus teve de sentir.

CENA I

(Abre a cortina)

(Cenário: Menino deitado na maca, em volta o médico e os pais do menino)

Médico: O estado de saúde de vosso filho não é nada bom. Ele tem um problema no coração. O estado é irreversível. Para ele continuar a viver, precisa de um coração novo. E isto até amanhã no máximo.

(Pai e Mãe discutem para doar o coração. Ninguém quer.)

Médico: Aqui não é lugar de se discutir, decidam isto em casa. O menino ficará na UTI, aguardando vossa decisão. Só lembrando, aqui não temos perspectivas de doador de coração. E a fila dos que aguardam doação de coração, é enorme.

(Fecha a cortina)

CENA II

(Abre a cortina)

(Cenário: em casa marido e mulher discutindo)

Mãe: Marido, agora chegou a hora de você mostrar que ama o único filho.

Pai: Eu amo ele, mas o problema é que vai custar minha vida! Porque você não aproveita a chance?

Mãe: O médico já explicou, sou muito velha.

Pai: Mas aí que está, eu sou muito novo. O churrasco do final de semana, o futebol, meu trabalho. Porque não vamos ter um outro filho, deixar este nas mãos de Deus?

Mãe: Eu não posso mais ter filhos, você sabe!

(Pai sai correndo, derruba cadeira e foge)

(Fecha cortina)

CENA III

(Abre a cortina)

(Cenário: No hospital, a hora da decisão)

Médico: O que está acontecendo? A família não vem salvar o menino?

Mensageiro: (Entra, trazendo uma carta e o médico lê a carta;)

“Doutor, meu marido não concordou em doar sua vida pelo filho, prefere ter outro filho, nem que seja com outra mulher. Ele fugiu, abandonou a família. E eu como Mãe, não vou agüentar ver meu filho morrer, antes vou tirar minha vida para amenizar minha dor.”

(Enquanto isto, o filho morre na maca)

(Fecha a cortina)

Narrador: Assim podemos entender a nossa fraqueza. Podemos ver que na vida prática, não compreendemos a versículo “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo o que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna”.

        Na vida espiritual, cada um de nós é como aquele menino a beira da morte. E vamos ver como Jesus reagiu naquela situação:

 

CENA IV

(Abre a cortina)

 

Narrador: Conforme Mc 10.32, Jesus estava subindo para Jerusalém com seus discípulos disse:

Jesus: Em breve vou ser entregue aos principais escribas e sacerdotes, vão me açoitar, cuspir e matar. Tudo isto vou sofrer para vos salvar, pois no terceiro dia, após minha morte vou ressuscitar.

(Fecha a cortina)

CENA V

(Abre a cortina)

(Cenário Jesus com os discípulos no Getzemani)

Narrador: E chegou o momento da verdade. Jesus vai ser entregue a morte.

Jesus: Vejam, aí vem chegando o que está me traindo [chegam Judas e os soldados (armados com paus, lanças, tochas)].

 

Judas: [aproxima-se para beijar a Jesus] Salve Mestre!

 

Jesus: Amigo, para que você veio? Com um beijo você trai o Filho do Homem? [Jesus é preso pelos soldados e fala:] Diariamente, estive convosco no templo, e não pusestes as mãos sobre mim. Esta, porém, é a vossa hora e o poder das trevas.

 

Narrador: Os soldados levam Jesus com violência para Pilatos, e os discípulos fogem.]

 

CENA VI

 

Narrador: Jesus chega perante Pilatos; todos se acomodam e há bastante confusão...]

 

Pilatos: O que vocês querem?

 

Grupo: Pegamos este homem agitando o nosso povo, dizendo e incentivando o povo a não pagar impostos ao imperador. Ele também disse que é o Messias, um novo Rei.

 

Pilatos: Você é o Rei dos Judeus?

 

Jesus: Tu o dizes. O meu reino não é deste mundo. Se ele fosse deste mundo, os meus seguidores lutariam para eu não ser entregue aos judeus. Não, o meu reino não é deste mundo. Foi para anunciar a verdade que eu vim ao mundo. Quem é da verdade ouve a minha palavra.

 

Pilatos: Não vejo nenhum motivo para condenar este homem.

 

Grupo: Ele está causando desordem entre o povo de toda a Judéia. Começou na Galiléia e agora chegou aqui.

 

Pilatos: Se este homem é da Galiléia, Herodes deve julgá-lo. Soldados, levem-no até Herodes.

 

CENA VII

 

Narrador: Herodes estava cheio de satisfação. Finalmente tinha a oportunidade de ver Jesus. Fazia muito tempo que tinha vontade de vê-lo fazer um espetáculo com um dos seus milagres. Agora, quis prová-lo

Herodes: Ei, faça algum milagre para eu também crer em ti! [Jesus calado]. - Quem é você? Você tem poder? Pode fazer milagres? Conheceu João Batista? Você é filho de Deus? Você não responde...

Narrador: Herodes manda os soldados por nele uma capa de luxo e o manda de volta para Pilatos...

 

CENA VIII

 

Narrador: Pilatos explica ao povo de que ele não encontrou mal nenhum em Jesus, após o interrogatório. E o mesmo parecer deu o Rei Herodes, por isso o tinha mandado de volta para Pilatos. Por isso:

Pilatos: Vou mandar castigá-lo com chicotadas e o deixarei ir embora.

 

Grupo: Se soltas a este, não és amigo de César.

 

Pilatos: Como é o costume do vosso povo, devo soltar um prisioneiro por ocasião da festa. Aqui tendes Jesus e Barrabás! A quem quereis que eu vos solte?

 

Grupo: Solta-nos Barrabás! [todos] Barrabás!...

 

Pilatos: Mas Barrabás é um criminoso; um assassino. E este Jesus, nenhum mal fez! O que farei com ele?

 

Grupo: Crucifica-o! Crucifica-o! Crucifica-o! Crucifica-o!

 

Pilatos: Mas que crime fez ele? Não vejo nele nada que mereça a pena de morte! Vou mandar castigá-lo com chicotadas e depois o soltarei.

 

Grupo: Nada disso! Crucifica-o! Crucifica-o! Crucifica-o! Crucifica-o!

 

Narrador: Pilatos ,manda soltar a Barrabás. Depois mandou pegar a Jesus e o castigar bastante; talvez assim o povo teria pena dele e o deixassem ir em paz. [soldados batem em Jesus, cospem, colocam coroa.../Jesus é apresentado à multidão...]

 

Grupo: Este sofrimento não basta! Queremos vê-lo crucificado! Crucifica-o!

 

Pilatos: [Lava as mãos] Bom, estou inocente deste sangue; façam dele o que vocês quiserem! [o povo vibra/colocam a cruz sobre Jesus e começa a caminhada para o Gólgota.

 

CENA IX

 

[Jesus é crucificado; o povo e líderes se alegram; os amigos choram e Jesus fala;]

Jesus: Pai, perdoa-lhes. Porque não sabem o que fazem!

 

Soldados: A roupa dele é nossa; vamos lançar sortes para ver quem vai ficar com a túnica [fazem sorteio]

 

Grupo: Salvou os outros, a si mesmo se salve, se de fato é Cristo de Deus, o escolhido. [silêncio, Maria se aproxima chorando, junto com João]

 

Jesus: Mulher, eis aí o teu filho. [virando-se para João] Eis aí tua mãe. [saem Maria e João; fundo musical]

 

Jesus: Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste? (....) Tenho sede.

 

Soldado: Tens sede? Tu já vais beber. [toma um pouco de vinagre; Jesus rejeita]

 

Jesus: Está consumado! Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. [Fundo Musical de Barulho] Toca a música (O meu Jesus)

(Fecha a cortina)

Narrador: Esta é a interpretação na vida prática do versículo Bíblico “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo o que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna.”

Meu amigo e minha amiga, Jesus não fugiu da responsabilidade de nos salvar, muito menos discutiu com Deus para fazer outras criaturas e nos deixar morrer.

O que Jesus merece da nossa parte? Eterna gratidão, servi-lo sempre em primeiro lugar, a onde quer que estejamos, principalmente como igreja cristã que somos.

(Abre a cortina)

Jesus: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei.” Mesmo que o pecado vos cause dor e sofrimento, mas a morte já foi vencida, pela ressurreição. Venham tomar a Santa Ceia, ela vos fortalece e então poderão atender o desejo de Jesus: “Ide fazei discípulos de todas as nações...”

 

Personagens entram no palco e cumprimentam o povo.

 

Segue liturgia